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sexta-feira, 25 de março de 2016

Foram duas noites bonitas se nada mais forem.

Falo agora por não saber se amanhã terei a mesma vontade de o fazer. E em jeito de contradição começo por dizer que não tenho vontade de falar de ti. Estranho quando sempre me apetece falar de tudo. Mas não de ti. Não agora. Não que não tenha o que contar, oh como teria! Mas tornou-se algo tão meu, numa história tão minha que partilha-la parece sempre tão redutor ou demasiado significativo, não sei. Ninguém esteve realmente presente nos últimos meses a ponto de assistir em primeira fila ao desapego emocional, à independência física, à descrença na sorte grande. E não tinha que ser tão grande assim. Então ninguém entende, porque nem eu entenderia, quando digo que apenas tenho vontade de te viver. Apenas isso, quem sabe num dia de cada vez. Algo tão incompatível comigo em tempos e neste momento, agora mesmo, tão certo. Não sou ingénua, sei que num amanhã posso voltar às minhas raízes mas não minto quando afirmo que no agora estou bem. Só não estaria se não te estivesse a viver.

(suspiro)

Ainda sinto o teu perfume de há pouco.
C.

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